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Esforços são para o reconhecimento das externalidades do etanol

A indústria de etanol ainda convive com sinais dúbios, embora o cenário seja mais favorável do que nas safras anteriores. O alinhamento dos preços da gasolina ao mercado internacional, como parte da novíssima política de preços anunciada pela Petrobras, lembra Antônio de Pádua Rodrigues, da Unica, sempre foi uma demanda do setor.

Mas a volta da cobrança do Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre o etanol, com o fim do crédito presumido de R$ 0,12 por litro, o que zerava a contribuição, afetou negativamente a competitividade do produto.

Os esforços da Unica, insiste Pádua, continuarão direcionados para o reconhecimento das externalidades positivas do etanol frente à gasolina, o que significaria a adoção de um tratamento tributário diferenciado. Para cumprir os compromissos de redução de emissões assumidos pelo País na 21ª Cúpula do Clima, realizada em dezembro de 2015 em Paris, relembra Pádua, será preciso elevar a produção de etanol para, pelo menos, 50 bilhões de litros até 2030, o que exigirá políticas públicas que criem as condições para que aquele aumento aconteça.

A cada mil litros de gasolina consumidos, continua ele, são emitidas três toneladas de C02, o que significa um volume de emissões cinco vezes mais elevado do que os 600 quilos de C02 gerados na produção e consumo de idêntico volume de etanol de cana.

A conjuntura mais favorável começa a se refletir sobre os balanços, vislumbrando-se crescimento mais expressivo para as receitas e para os ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (Ebitda), com algum avanço na geração livre de caixa e melhoria nos indicadores de endividamento.

Na safra 2016/2017, avalia Guilherme Pessini, gerente sênior de agronegócios do Itaú BBA, as usinas deverão registrar já alguma redução da dívida líquida em valores absolutos, considerando uma amostragem de 57 grupos usineiros da região Centro-Sul, que moeram 411 milhões de toneladas de cana na safra 2015/2016, algo como 67% da moagem regional.

A dívida líquida da amostra, que não inclui grupos em recuperação judicial, havia saltado 26,3% na passagem das safras 2013/2014 para 2014/2015, subindo de R$ 41,033 bilhões para R$ 51,818 bilhões, e cresceu mais 7,5% na safra finalizada em março do ano passado, atingindo R$ 55,707 bilhões.

Esse valor, na projeção de Pessini, tende a ser reduzido em quase R$ 5,0 bilhões no ciclo 2016/2017, para algo em torno de R$ 51,0 bilhões. A relação entre dívida e Ebitda, que já esteve levemente acima de quatro vezes em 2014/2015, deve cair pela metade, para duas vezes, o que significa um nível igualmente inferior aos 2,7 esperados para a safra 2016/2017.

Mesmo considerando um volume menor de cana a ser moída, a dívida por tonelada, acrescenta Pessini, deve se manter virtualmente estável, por volta de RS 127 a RS 128 nas safras 2015/2016 e 2016/2017, devendo, no entanto, cair 18% na safra recém-iniciada, para R$ 108. "A alta dos preços do açúcar e do etanol no ano passado permitiu uma melhor geração de caixa e a queda do dólar, que estava em R$ 3,56 no encerramento da safra 2015/2016 e fechou o ciclo seguinte em R$ 3,12, deverão permitir uma redução relevante do endividamento, numa queda da ordem de 10%" estima Pessini.

O movimento de desalavancagem deverá ser favorecido ainda pela redução na taxa básica de juros, o que tende a produzir "um efeito importante sobre as despesas financeiras". No auge da crise de endividamento, em 2015/2016, o resultado financeiro líquido das usinas analisadas pelo banco correspondeu a RS 15,90 por tonelada de cana processada, num salto de 62% em duas safras. A estimativa do banco para 2017/2018 leva em consideração uma redução de 45% desde lá, para R$ 8,70 por tonelada.

Se o cenário mais favorável se confirmar, aposta Luis Felipe Trindade, diretor de Corporate Financeda Consultoria Czarnikow, pode-se esperar, em uma primeira fase, a continuidade do processo de desalavancagem, seguida por investimentos em eficiência de custos e, na sequência, diversificação das operações dentro do parque industrial, seja com instalação de fábricas de açúcar seja com a implantação de cogeração.

"O passo seguinte envolveria a retomada do processo de consolidação para só então podermos vislumbrar investimentos em expansão de capacidade e em projetos greenfield. Para isso, no entanto, os preços precisam se manter elevados por um determinado período”, comenta Trindade.





Fonte: Revista Safra - retirado do site CanaOnline

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