Etanol pode virar combustível de aviação comercial
Já imaginou o etanol como um combustível de avião? Esta realidade está cada vez mais próxima. O objetivo da joint venture da United Airlines com as empresas Tallgrass e Green Plains é desenvolver e vender uma tecnologia de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês).
Para as pesquisas, a joint venture, de nome Blue Blade Energy, receberá até US$ 50 milhões em investimentos. O etanol seria a matéria-prima que as empresas pesquisam para garantir esta solução.
A Tallgrass é uma empresa de infraestrutura de energia. Já a Green Plains é uma biorrefinadora. Com isso, a junção de empresas pretende fornecer até 135 milhões de galões de SAF à base de etanol por ano.
Segundo a United Airlines, serão até 2,7 bilhões de galões de etanol como combustível de avião, considerando o total sob um contrato de compra.
Ainda de acordo com a linha aérea, a meta é construir uma planta piloto já em 2024. Assim, as operações comerciais estão previstas para 2028.
Feplana defende modernização do RenovaBio
Entidade trabalha para produtores de cana-de-açúcar serem contemplados
A Lei Nacional de Biocombustíveis, conhecida por RenovaBio desde que foi criada em 2017, foi destacada durante a assembleia da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), realizada em Brasília a última quarta-feira (29), com a presença maciça das associações de canavicultores filiadas nos estados produtores.
O segmento agrícola, que reúne 60 mil fornecedores de cana para as usinas de açúcar e etanol em todo o país, busca a modernização da legislação para a garantia da inclusão dos produtos de biomassa dos biocombustíveis nos créditos de descarbonização (CBios), ainda exclusivo aos industriais.
A Feplana vem trabalhando nisso por meio do Congresso Nacional. Desde 2020, por meio do então deputado Efrain Filho (DEM/PB), hoje senador, apresentou projeto de lei (PL) 3149. A proposta ainda tramita na Câmara Federal. Está na Comissão de Minas e Energia, sob relatoria do deputado Benes Leocádio (União-RN), o qual já sinalizou ser favorável à garantia de ao menos 80% de CBios ao produtor proporcional à biomassa fornecida.
O presidente da Frente Parlamentar Sucroenergética, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) fez questão de tratar do tema no mesmo dia, durante o seminário técnico e político promovido pela Feplana no Instituto Pensar Agro (IPA), em Brasília. “O político aposta no diálogo positivo entre todos desta cadeia produtiva e no Parlamento”, conta Alexandre Andrade Lima, vice-presidente da Feplana e membro da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco.
Por esta razão, todas as associações canavieiras definiram que a pauta do RenovaBio é central para o segmento durante 2023. “Foi uma assembleia representativa, com a presença de nossas afiliadas em todos estados produtores de cana, conscientes de que o PL precisa sair do papel e se tornar lei para fazer justiça com quem produz a matéria-prima do nosso biocombustíveis limpo”, afirma o presidente da Feplana, Paulo Leal.
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